Todos os anos, o mês de maio é marcado pela celebração do Maio Amarelo, um período de conscientização sobre a importância da segurança no trânsito. Embora diversos eventos, palestras e discussões ocorram nesse período, muitas vezes nos perguntamos por que não conseguimos alcançar resultados concretos na melhoria do trânsito no Brasil.
Neste artigo, exploraremos soluções efetivas para reduzir acidentes e mortes nas vias, destacando a necessidade de integração municipal e a centralidade da educação para o trânsito. Discutiremos medidas cruciais, como a valorização dos cursos teóricos e práticos, a unificação de normas e exames e a formação adequada de condutores de veículos de duas rodas.
Uma das principais questões que precisamos abordar é a educação no trânsito.
Precisamos investir em educação desde a infância, ensinando as crianças sobre a importância de respeitar as regras de trânsito e como se comportar no trânsito. A educação deve ser uma ação contínua e deve ser uma parceria entre escolas, famílias, autoescolas e autoridades.
Se adotarmos no planejamento educacional desde a infância tópicos sobre o trânsito e quando esta criança completar sua maioridade ela já terá uma grande noção sobre o assunto e a autoescola apenas terá o seu papel de formação, com o ensino das leis de trânsito e disciplinas mais avançadas, como também a formação prática que deve ser feito pelas autoescolas.
Precisamos valorizar o curso teórico e prático ministrado pelas autoescolas, garantindo que os candidatos sejam devidamente capacitados e avaliados.
Se faz necessário uma unificação de normas e regras dos DETRANS, padronizando os exames práticos em todos os estados e melhorando a formação do condutor de veículos de duas rodas.
As autoridades legislativas também têm um papel importante nesse processo. Precisamos de uma atualização no Código de Trânsito Brasileiro sem a necessidade de resoluções do CONTRAN, garantindo uma segurança jurídica maior. Além disso, a tecnologia pode ser utilizada em favor da formação do condutor através das autoescolas, tornando o processo mais acessível e atrativo para os jovens.
Os municípios precisam se integrar com o sistema nacional de trânsito e cumprir com seu papel previsto na legislação. A Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro) determina que o município deve municipalizar o trânsito e assumir responsabilidades como a fiscalização e o planejamento do trânsito. É preciso que as prefeituras invistam em infraestrutura e em campanhas educativas, além de fiscalizar o respeito pelos condutores as leis de trânsito vigentes.
É fundamental que a formação do condutor seja encarada como uma questão de cidadania e segurança pública, e não apenas como um meio para obtenção da CNH.
Todos nós somos responsáveis por garantir um trânsito mais seguro e, para isso, precisamos trabalhar juntos. É possível mudar esse cenário, mas é preciso que cada um faça a sua parte.
Lembre-se: no trânsito, sua responsabilidade salva vidas.