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Afinal, o que é a geração Z?

Ela é conhecida por ser uma geração de pessoas que nasceram entre o começo dos anos 90 e o fim da primeira década do século XXI.

A geração Z é constituída pelas pessoas que nasceram durante a explosão da internet e o crescimento das novas tecnologias digitais, com os smartphones, vídeo games, computadores, tablets e outras.

Essa geração não consegue viver em um mundo que não haja a tecnologia, que todas as coisas estejam conectadas a internet, viver em um ambiente online e que a troca de informações seja de forma rápida e instantânea.

Você já deve ter ouvido bastante essa frase: “As crianças de hoje já nascem sabendo mexer em um celular”. Isso mesmo, essa é a característica da geração Z e deixam para trás uma geração que ficou conhecida como “Analfabetos digitais”.

Com a pandemia da COVID 19, as famílias ficaram isoladas em suas casas e se fez necessário que o mundo se adaptasse a esta nova realidade. O consumo precisou continuar, a educação, a sociabilidade e a troca de informações/notícias.

Com isso, novas tecnologias surgiram, internet mais velozes, novos aparelhos celulares, novas redes sociais e novos aplicativos para tornar mais fácil a vida do cidadão.

Levando toda essa mudança agora para a formação do condutor, temos como um exemplo o Estado do Ceará, onde durante o início da pandemia o Sindicato das autoescolas do Ceará investiu maciçamente na qualificação dos profissionais e empresários do setor, proporcionando palestras e cursos virtuais para intensificar a adoção da tecnologia no dia a dia do empresário Cearense.

Se fez necessário que a autoescola estivesse mais próxima daquele jovem adulto que estava recluso em casa e atrair ele a obter a sua carteira nacional de habilitação, se precisava chegar até o membro da geração Z, que muitas vezes preferia estar em casa, jogando vídeo game ou lendo um ebook, do que pensar em se arriscar e iniciar um processo de obter a CNH.

As empresas investiram em poucos dias em suas tecnologias para poder proporcionar um ambiente de ensino virtual para justamente não deixar a educação de trânsito para trás, para que as autoescolas pudessem transmitir seu ensino presencial, mas que ele chegasse até a casa do usuário.

Se discutiu também várias outras questões como o atendimento e deslocamento daquele mesmo usuário. Por que ele precisaria se deslocar de uma cidade para outra para realizar uma simples captura de foto, biometria ou até mesmo realizar uma prova de legislação, se no seu município ou bairro possuía uma autoescola credenciada por aquele mesmo órgão de trânsito?

Vários Estados começaram a entender que o serviço público pode chegar até o cidadão de forma mais rápida e eficaz, sem perder a qualidade e a veracidade das informações. As autoescolas também investiram em proporcionar um ambiente comercial mais tecnológico e virtual.

Hoje, 90% das vendas em uma autoescola é feita de forma virtual, não se consegue imaginar uma autoescola sem um setor comercial dedicado e buscando chegar até aquele cliente que está atrás de uma tela de celular ou computador. Esperar o cliente chegar até você é uma displicência enorme.

Os serviços de captura de biometria, foto, curso teórico, prova de legislação, todos eles em vários Estados podem ser feitos a distância, sem precisar se quer ir até o órgão de trânsito, tudo de forma segura e que o órgão possa a qualquer momento realizar auditorias. Mas ainda há muito a se avançar.

Nem todos os Estados entendem que estes serviços precisam ser disponibilizados em toda a federação. O serviço público precisa chegar até a geração Z, que hoje optam em obter a CNH em último caso, muitas vezes por não entender a sua importância ou até mesmo pela ausência da fiscalização nas vias fazendo com que aquele cidadão transite de forma errônea, sem ter passado por todo processo educacional necessário e obrigatório, colocando em risco sua vida e a do próximo.

O futuro condutor está aí!

Esperando que o serviço público chegue até ele, ele não quer mais ir atrás do serviço, pegar longas filas, muitas vezes ter um mal atendimento presencial, esperar horas e horas para realizar um teste, se expor a riscos de saúde.

O futuro condutor está atrás de um celular, de um computador, tablet. Está sentado em sua cadeira de gamer em seu quarto, com todo aparado tecnológico a seu dispor, esperando que o serviço público também se modernize e chegue até ele.

Mas também há aquele cidadão que não possui o acesso a esta tecnologia.

Precisa que haja investimentos para que toda esta nova forma de inclusão chegue até o Brasileiro, seja em que localidade ele for.

E a formação do futuro condutor da geração Z?

Precisamos entender que em médio espaço de tempo os veículos que hoje circulam nas vias públicas não serão mais os mesmos.

Hoje, já vimos veículos com tecnologias embarcadas: sensores, câmeras de ré, automáticos e muito mais.

As autoescolas hoje formam futuros condutores utilizando ainda câmbio manual.

Ora, este condutor é obrigado a realizar seu treinamento em um veículo que daqui a mais ou menos 10 (dez) anos não existirá mais nas vias e como este condutor irá conduzir tal veículo?

Se precisa discutir muito esta modernização do processo de formação.

Deixar à disposição do usuário e das autoescolas as novas tecnologias dos veículos que hoje estão à disposição para que em um futuro próximo não tenhamos condutores mal formados.

Não somente uma atualização de resolução, mas sim, uma modernização no código de trânsito brasileiro, modernizando a educação para o trânsito através das autoescolas e atraindo aquele cidadão da geração Z a obter a sua carteira nacional de habilitação.

Preparar os instrutores de trânsito é necessário também. Cursos de aperfeiçoamento com técnicas didáticas, atualizando aquele instrutor que é fundamental para formação do condutor a estar preparado para uma nova abordagem pedagógica através da tecnologia que está a sua disposição.

Esperamos que os novos gestores das pastas que envolvem a educação para o trânsito venham discutir mais o tema formação de condutor com todos que realmente vivenciam diariamente e desejam aperfeiçoar todo o processo.

Alisson Maia

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