EM ALUSÃO A SEMANA NACIONAL DO TRÂNSITO 2024
Por Alisson Maia
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A mobilidade urbana é um desafio constante nas grandes cidades, e Fortaleza, com sua crescente população e frota de veículos, não é exceção. Uma solução práAca para melhorar a fluidez do trânsito seria a implementação da conversão à direita mesmo com o semáforo fechado, em locais previamente sinalizados. Essa medida, prevista pela Lei 14.071/20, pode trazer beneNcios significaAvos para a circulação de veículos, especialmente em áreas com congesAonamento frequente.
Desde abril de 2021, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) permite a conversão à direita diante de um semáforo vermelho, desde que haja sinalização indicando a permissão para tal movimento. Essa adição ao CTB visa facilitar a mobilidade, especialmente em vias onde o tráfego de veículos exige esse Apo de ação.
A conversão à direita no semáforo fechado não é uma práAca nova.
Antes mesmo da Lei 14.071/20, algumas cidades já experimentavam essa flexibilização, como CuriAba. No entanto, sem a devida sinalização e estudos, essa medida foi desconAnuada devido ao aumento no índice de acidentes. Isso demonstra a importância de que essa práAca seja cuidadosamente planejada e aplicada, a fim de evitar riscos aos pedestres e aos próprios motoristas.
Em uma cidade como Fortaleza, com altos índices de congesAonamento em determinados pontos, especialmente nos horários de pico, a implementação dessa medida poderia contribuir para uma significaAva melhoria na fluidez do trânsito.
PermiAr a conversão à direita com o semáforo vermelho em áreas estratégicas, após análises de tráfego, pode desafogar vias importantes e permiAr que os veículos mantenham um fluxo mais con[nuo.
Além disso, essa práAca pode ser implantada inicialmente em pontos menos propensos a acidentes, longe de áreas de grande movimentação de pedestres, como escolas, hospitais e mercados, onde o risco de colisões seria maior. A prudência ao escolher os locais é essencial para garanAr que a medida seja efeAva e segura.
Em muitos países, como os Estados Unidos e algumas nações europeias, a conversão à direita no sinal vermelho já é uma práAca comum. Lá, o condutor pode virar à direita sempre que não houver sinalização proibindo o movimento. No Brasil, no entanto, a lógica é inversa: só é permi*do se houver uma placa permi*ndo a conversão. A diferença está nos cuidados com a segurança, que nesses países já são mais avançados, especialmente no que diz respeito à proteção dos pedestres.
Em cidades europeias, por exemplo, há um grande esforço para reduzir a presença de carros nas áreas centrais, criando zonas exclusivas para pedestres e ciclistas. Esse modelo ainda está longe de ser implementado em larga escala no Brasil, mas a conversão à direita no semáforo vermelho pode ser um passo inicial para modernizar a mobilidade urbana.
Ao sugerir a adoção dessa medida em Fortaleza, é crucial que seja feita de forma gradual e segura, com a devida sinalização e, principalmente, com a educação dos motoristas para que respeitem as regras e os pedestres, principalmente uAlizando as autoescolas como parAcipes desta possível implantação para que as mesmas eduquem o futuro condutor e também o já habilitado.
O fluxo con[nuo de veículos não deve comprometer a segurança daqueles que circulam a pé.
A criação de campanhas educaAvas e a instalação de placas que indiquem onde a conversão é permiAda são fundamentais para que essa mudança seja bem-sucedida. Além disso, a redução da velocidade em áreas de grande fluxo de pedestres, como já acontece em alguns países e foi bem sucedido em Fortaleza, poderia complementar essa medida, garanAndo a segurança de todos.
Fortaleza tem a oportunidade de melhorar a fluidez do trânsito com a implementação da conversão à direita no semáforo vermelho, uma medida simples, mas eficaz. Com a devida sinalização e estudos de tráfego, podemos evitar congesAonamentos desnecessários, sem comprometer a segurança de pedestres e motoristas. A modernização da mobilidade urbana é urgente, e cabe a nós dar os primeiros passos para uma cidade mais eficiente e segura.
Inovar é preciso, mas com segurança e educação.