Por Alisson Maia
No cenário atual, a segurança no trânsito emerge como uma questão premente em todo o mundo. O Maio Amarelo, movimento global de conscientização para redução de acidentes, desafia-nos a repensar nossas práticas e políticas em prol de vias mais seguras. Apesar dos avanços, os desafios persistem, especialmente no que tange à redução de velocidade e à modernização da formação de condutores.
Países como Alemanha, França e Suécia são exemplos notáveis que adotaram com sucesso a redução de velocidade como estratégia para evitar acidentes. Através de limites de velocidade mais baixos e rigorosamente aplicados, esses países conseguiram reduzir significativamente o número de colisões e suas consequências.
Um exemplo inspirador no Brasil é o caso de Fortaleza, onde a redução do limite de velocidade para 50km/h em algumas vias demonstrou ser uma estratégia eficaz na diminuição de acidentes. Esta medida não só reduziu a gravidade das colisões, mas também incentivou uma mudança cultural, priorizando a segurança sobre a pressa. Tal abordagem encontra eco em diversas partes do mundo, onde o controle de velocidade é uma prática comum e com resultados positivos comprovados.
No entanto, a redução de velocidade é apenas uma parte da equação.
A formação adequada de condutores é igualmente crucial. Investimentos em educação para o trânsito, tanto nas autoescolas quanto nas políticas públicas, são essenciais para fomentar uma cultura de responsabilidade e respeito às normas. Nesse sentido, a reformulação das normas vigentes no Brasil é urgente e necessária.
Um aspecto crucial dessa reformulação é a autorização para que as autoescolas realizem treinamento prático em veículos automáticos, com isso passa a viabilizar a utilização dos veículos elétricos. A introdução desses veículos no quadro das autoescolas não só contribuirá para a redução da poluição, mas também modernizará a formação de condutores, preparando-os para os padrões tecnológicos emergentes.
Estima-se que nos próximos 10 anos a produção de veículos com câmbio manual diminuirá consideravelmente, impulsionada pelas mudanças na indústria automobilística em direção à eletrificação e à automação. Com isso, as autoescolas estão formando condutores que em breve não utilizarão mais veículos com câmbio manual. Este é um reflexo das mudanças inevitáveis na indústria automobilística, impulsionadas pela busca por sustentabilidade e eficiência.
Portanto, é fundamental não apenas dedicar atenção ao trânsito durante o mês de maio, mas sim promover um debate contínuo e eficaz sobre segurança viária. A agilidade nas reformulações das regras vigentes é essencial para acompanhar as mudanças tecnológicas e sociais, garantindo que estejamos sempre um passo à frente na construção de um trânsito mais seguro e eficiente.
Somente através de um compromisso constante com a segurança e a educação poderemos alcançar um futuro onde todos possam circular nas vias com tranquilidade e respeito mútuo.
Assim, o Maio Amarelo não é apenas um mês de reflexão, mas sim um lembrete para a necessidade de uma abordagem abrangente e contínua na busca por um trânsito mais seguro para todos.